


Se algum carro merece espaço numa galeria de arte ou num museu, este carro é o A5, um carro para poucos, para ser exato, apenas 30 felizardos no país.
Nunca um carro conseguiu ser tão masculo e sensível ao mesmo tempo, nunca conseguiu ter formas que passassem tanta paz mas que ao mesmo tempo pudessem evocar uma tempestade.
O motor é um 3.2 V6 de 269, que bate 7000 rpm com um misto de silêncio e sinfonia. Você esta num carro esporte que vai levar você de 0-100 km/h em 6 segundos e que alcançara 250 km/h, mas ao contrário de seus rivais, o que ele mais quer é fazer você esquecer disso, ele convida para passear com seu volante leve, seu câmbio de 8 marchas sem trancos, seu ar condicionado perfeito, o som bose, os bancos de couro feitos como poltronas, é um carro para ver e ser visto.
Mas não somos santos e depois de cinco kilometros desfrutando esta paz, uma curva de longo raio me lança para uma reta onde lá na frente vejo um S desafiador, o acelerador pede que eu pise ele sem dó e meu lado santo desaparece, o ponteiro torce rapidamente, as marchas vão sendo engolidas e ele mostra a cada metro porque foi eleito o coupe do ano no velho mundo.
O dia que você puder, aperte o sinto e force ele, será uma grata e feliz surpresa, ele é bonito parado, lindo andando e sem palavras rasgando a reta.